Os relacionamentos amorosos ocorrem através de uma interação que apresentam elementos positivos e negativos, capazes tanto de contribuir para a qualidade de vida quanto para o sofrimento, sendo assim, a satisfação com o relacionamento é um preditor fundamental na avaliação do bem-estar psicológico do indivíduo. Posto isto, entende-se que a felicidade do indivíduo em relacionamentos amorosos é consequência da comparação entre seus relacionamentos passados com o atual, bem como das expectativas que o indivíduo constrói para seu parceiro(a) e as características do(a) companheiro(a) real (Sternberg, 1989). Portanto, levando em consideração as expectativas de satisfação das necessidades afetivas, uma relação amorosa, quando não trabalhada e compreendida de forma madura e sadia, através de uma boa comunicação entre o casal, suporte afetivo, expressão de sentimentos de vínculo e proximidade, percepção de reciprocidade afetiva, intimidade, envolvimento sexual, dentre outros (De Andrade & Garcia, 2012; Scorsolini-Comin & Santos, 2010b), tende a tornar-se conturbada a ponto de causar intenso sofrimento psíquico, decorrendo das dificuldades presentes, tais como: atribuir ao parceiro(a) a responsabilidade de resolver as demandas internas próprias, ciúme patológico, processos de idealização, exigências e expectativas exageradas, delírios amorosos, etc. 

Como principais motivos para brigas entre casais aponta-se:

  • a falta de determinação dos limites e expectativas próprias; 
  • o sexo; 
  • a infidelidade; 
  • os filhos; 
  • o dinheiro; entre outros fatores. 

E, infelizmente, apesar do sofrimento, a literatura indica possíveis motivos que influenciam para a permanência em relacionamentos danoso para si, tais como: dependência financeira, dependência psicológica, medo de morrer, esperança de mudança do companheiro, sentimentos de desvalorização, inferioridade e culpa. Logo, percebe-se a importância em identificar os motivos mais frequentes desencadeadores de conflito, haja vista que a tentativa de ignorar os motivos de conflitos não os faz desaparecer, ao contrário, provoca o acúmulo de ressentimentos que tende a retornar com mais força a cada novo impasse. 

Os processos psicoterapêuticos atuam com o intuito de mitigar tal sofrimento. Dessa forma, o terapeuta, por exemplo, pode desenvolver estratégias que visem o fortalecimento da relação entre o casal, por intermédio da manutenção do vínculo amoroso, mediante estratégias como: maior comunicação afetiva do casal, expressando seus sentimentos e controle em eventos conflituosos; comprometimento; expressão da intimidade, através de maior suporte afetivo e proximidade do casal; reciprocidade afetiva e também maior envolvimento sexual, além de desenvolver as habilidades sociais (caso esteja em déficit), entre outros métodos. Entre em contato com um profissional especializado, clicando aqui