“Não consigo mais conviver em grupos”. O déficit de habilidades sociais do indivíduo compromete os aspectos social, interpessoal e emocional da vida. Essas habilidades podem ser compreendidas como comportamentos e estratégias culturais utilizadas para lidar com situações de interação com os demais de forma favorável e são responsáveis pela expressão de sentimentos, opiniões, atitudes e ideias.
Entre elas podemos citar:
- iniciar e manter conversas,
- pedir ajuda,
- fazer e responder perguntas,
- recusar e fazer pedidos,
- expressar agrado,
- desagrado e sentimentos,
- defender-se,
- pedir alterações no comportamento do outro,
- admitir erro e pedir desculpas,
- lidar com críticas e elogios,
- escutar empaticamente (Caballo, 2003).
Além desses, podemos levar em conta aspectos não verbais ligados à interação social como postura, contato visual, gestos e aparência (Del Prette & Del Prette, 1999). Entretanto, um baixo repertório de habilidades sociais (HS) pode estar associada à ansiedade social (medo acentuado de situações sociais), baixa autoestima, timidez excessiva, conflitos nas relações amorosas e outros fatores.
Tal quadro advém, principalmente, de experiências individuais desenvolvidas na interação com o ambiente em que vive, seja com os pais, com os educadores, ou com os colegas durante a infância e a adolescência. Entretanto, condições como longos períodos de isolamento, desuso das habilidades e práticas educativas parentais excessivamente coercitivas também influenciam para o déficit de HS. Infelizmente, devido ao confinamento proporcionado pelo COVID-19, as competências sociais tiveram que ser remanejadas e os meios de se relacionar com o outro estão limitados ao modelo virtual, o que dificulta o convívio e consequentemente, o domínio e a prática das Habilidades Sociais. Converse com um profissional especializado clicando aqui.