De acordo com Bednar e Peterson (1995), a autoestima é construída ao longo de todo o desenvolvimento humano, sendo vista como um conceito dinâmico, dependente do comportamento do indivíduo, e está associada as práticas culturais do grupo que a pessoa pertence, progredindo a partir da inserção do mesmo num contexto social. Como conceito, a autoestima é frequentemente definida como um componente avaliativo e valorativo da pessoa acerca de si mesma, relacionada a possibilidade do sujeito de sentir-se livre, de sentir-se amado, de tomar iniciativas e de apresentar criatividade. 

Ao abordar acerca de problemas de autoestima, leva-se em consideração de que as autoavaliações da pessoa se tornam negativas e, então, ocorre a tendência de evitar situações difíceis no que diz respeito a contextos sociais, culminando em perturbações, como a ansiedade social (Bednar, Peterson e Wells, 1989). Além desse aspecto, o indivíduo com baixa autoestima apresenta sentimentos de medo, ansiedade, insegurança, fobias, complexo de inferioridade, entre outros sintomas. Tais manifestações clínicas acarretam consequências negativas no âmbito social, pessoal e profissional, promovendo para o indivíduo. Já as causas são multifatoriais, envolvendo principalmente a história de vida e a sociedade que o indivíduo está inserido, como, por exemplo, o cenário de famílias indiferentes, distantes dos seus filhos, as quais produzem indivíduos dependentes afetivamente de outras pessoas, sensíveis à perda de afeto e de companhia e fazem, em geral, péssimas escolhas afetivas; além do impacto incessante e exagerado dos padrões de beleza impostos pelo sistema capitalista ocidental. 

Vale ressaltar que algumas experiências na vida adulta vêm sendo correlacionadas com o aumento da intensidade da baixa autoestima, são eles:

  • relacionamentos tóxicos com parceiros amorosos, 
  • assédio moral no trabalho, 
  • cyberbullying 
  • dificuldade de adaptação a outras culturas. 

Por fim, compreende-se que é fundamental que a pessoa aprenda a observar seus comportamentos e o contexto em que eles ocorrem: só desta maneira a pessoa pode se tornar um agente ativo de sua própria vida. Tal ensinamento é elaborado em psicoterapia, através de um olhar atento sobre a particularidade dessa questão. Clique aqui e fale com um profissional especializado.