Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde, 2021), 5% da população brasileira sofre com transtornos alimentares – cerca de 10 milhões de pessoas. Esses transtornos são descritos como doenças que podem ter suas primeiras manifestações na infância e afetam, principalmente, adolescentes e adultos jovens do sexo feminino, levando a marcantes prejuízos psicológicos, sociais e aumento de morbidade e de mortalidade. 

De acordo com o DSM-5, esses transtornos, em específico, são caracterizados por uma persistente perturbação na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos, comprometendo significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial. O que causa o transtorno alimentar? As causas são multifatoriais, tendo em vista o sofrimento psíquico, provocados por fatores socioculturais, fatores hormonais ou até mesmo, genéticos. Tais transtornos diferem em classificação por apresentarem especificidades em termos de curso clínico, desfecho e necessidade de tratamento; sendo assim, é possível ordená-los em: 

  • Anorexia Nervosa, 
  • Bulimia Nervosa, 
  • Transtorno de Compulsão Alimentar
  • Transtorno de Ruminação, 
  • Pica (caracterizada pela ingestão de uma ou mais substâncias não nutritivas, não alimentares, de forma persistente durante um período mínimo de um mês, grave o suficiente para merecer atenção clínica), 
  • Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo. 

A partir dessa categorização, é viável dividir as alterações do comportamento alimentar em dois grupos: o primeiro trata-se da infância, os quais podem interferir com o desenvolvimento infantil (comumente aparecem o transtorno da alimentação da primeira infância, a pica e o transtorno de ruminação); já o segundo grupo concerne ao aparecimento mais tardio, em que os motivadores parecem estar mais associadas a uma preocupação excessiva com o peso e/ou a forma corporal (os principais dessa etapa são a anorexia nervosa e a bulimia nervosa). Por fim, ressalta-se que o tratamento multiprofissional (em conjunto do psicólogo, do psiquiátrica e do nutricionista) tem sido eficiente para a melhora desse quadro. Entre em contato com a nossa equipe clicando aqui.

 

 

Referências:

CORDÁS, T.A. Transtornos alimentares: classificação e diagnóstico. Classification and Diagnosis of Eating Disorders. FMUSP, SP, p. 01-04, setembro, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rpc/a/bPfnNKhn5PKQGkfGJd3cmwx/?format=pdf&lang=pt 

APPOLINÁRIO, J.C.; CLAUDIANO, A.M. Transtornos Alimentares. UFSP, SP, vol.02, p.28-31, janeiro, 2001. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbp/a/P6XZkzr5nTjmdVBTYyJVZPD/